' CURA PARA PARAPLÉGICOS? '




Um passo importante para o tratamento da paralisia motora. Douglas Kerr, cientista da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, divulgou os resultados do trabalho da sua equipe: 14 ratos-fêmea foram submetidos durante seis meses a um tratamento que alia o transplante de células embrionárias e a implantação de substâncias químicas.
Dos 14 animais, onze conseguiram recuperar o movimento e a força das patas traseiras, até então paralisadas.
Através da injecção de células de embriões de ratos na medula lesionada, os cientistas conseguiram restaurar os neurónios motores, responsáveis pela realização de circuitos que enviam sinais eléctricos até aos músculos, para que estes sejam capazes de suportar o peso e o movimento das patas.
Para Kerr, o passo seguinte consiste em estender a aplicação deste tratamento aos porcos, animais próximos do ser humano a nível orgânico.
Com o objectivo de encontrar a cura para doenças como a esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, Parkinson ou lesões na medula espinal, a equipe americana garantiu que estes procedimentos são um passo para a cura. Todavia, os cientistas americanos advertiram que serão necessários mais alguns anos até este tipo de tratamento poder ser aplicado em pessoas.
Elias Zerhouni, director do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, disse aos jornalistas que este trabalho “é um avanço notável para ajudar a entender o uso das células embrionárias no tratamento deste tipo de lesões”.
Esta não é a primeira vez que a equipe de Douglas Kerr publica estudos neste sentido. Há seis anos, os cientistas da Universidade de Johns Hopkins divulgaram os resultados de uma experiência com roedores paraplégicos que puderam recuperar alguma mobilidade nas patas traseiras. Kerr garante que, desta vez, os resultados foram melhores. “Este tratamento é diferente porque usamos células e outros factores desconhecidos até então. O projecto que divulgámos há três anos foi um passo prévio para o que agora conseguimos alcançar”, disse.
O neurocirurgião português José Pratas Vital considera que esta é uma boa notícia para o tratamento daquelas doenças. Porém, não é o único. “Em todo o mundo, cientistas e investigadores vêm usando células embrionárias para resolver os problemas da medula espinal. Uns com êxito, outros nem tanto”, disse o especialista ao Correio da Manhã.
Em parceira com outros neuro cirurgiões do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, Pratas Vital tem levado a cabo, há anos, uma investigação para o tratamento de paralisias motoras em seres humanos. “Nós usamos a mucosa olfactiva do próprio doente, que contém células semi-embrionárias, durante a operação e implantamos directamente na medula”, explicou. Os resultados foram positivos: alguns doentes recuperaram a sensibilidade ou mesmo a mobilidade. “Já operámos cerca de 100 doentes e a maioria recuperou a sensibilidade ou o controle da bexiga, a capacidade de se pôr em pé ou a própria mobilidade”, disse Pratas Vital.

Comentários

  1. eu sou um paraplegico, quero vos oferecer uma experiença no meu corpo assim como fizeram com os animais...... meu contacto:926699066

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    1. Amigo, eu tbm não me importava de ser cobaia para algo de importante que se possa fazer em prol da cura de paraplegia, em tempo me inscrevi num site brasileiro para operar com as células do tronco, até hoje nada.

      Tente, pode ser que tenha sucesso em algum dos sites ligados à ciência, este meu espaço somente fala de coisas simples e nada tem a ver com saúde ou qualquer instituição médica.

      Obrigado na mesma pela sua visita e comentário, volte sempre.

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