'' MAGIC EYE & MAGIC KEY ''







CONTROLAR O PC COM OS OLHOS E A CABEÇA


Já venceu dois prémios na área da integração de pessoas com deficiência devido às suas investigações e propostas para programas informáticos.
E promete não parar por aqui, porque não faltam ideias.

Uma das suas máximas diz que “a falta de recursos financeiros é uma desculpa para os incompetentes”. Por isso, Luís Figueiredo já desistiu de procurar apoios de entidades oficiais para o seu projecto informático. “Não vale a pena perder tempo, prefiro ocupá-lo a fazer o que gosto: desenvolver ideias”, assume este professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda.
E ideias não lhe faltam. As mais recentes até já lhe valeram dois prémios “Engenheiro Jaime Filipe”, facto inédito no historial deste galardão, o mais importante em Portugal na área da integração e reabilitação de pessoas com deficiência.
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É disso que se trata quando se fala do ‘Magic Key’, premiado em 2006, e com o ‘Magic Eye’, distinguido este ano pelo Instituto da Segurança Social.
O primeiro permite a tetraplégicos usarem um computador, movendo o cursor do rato através de movimentos laterais e subtis da cabeça e a tecla do rato com um piscar do olho.
O segundo é uma aplicação informática com a qual se pode controlar o rato apenas com os olhos, não exigindo que a cabeça esteja imóvel.
Este sistema destina-se a pessoas paralisadas ou a quem tem que ficar imóvel durante um largo período. “O ‘Magic Key’ mudou a vida dos seus utilizadores - e já há cerca de 50 em todo o país, que podem conversar com os amigos, ler os jornais ou jogar. É como que uma extensão do seu corpo.
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LUÍS FIGUEIREDO lembra que as aplicações informáticas que sua equipa desenvolveu mudaram a vida de muita gente.
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Quanto ao ‘Magic Eye’, “estamos a fazer os primeiros testes, mas permite usar o computador como uma extensão da voz ou dos gestos e até possibilita controlar o ambiente envolvente através de infra-vermelhos, como ligar uma aparelhagem ou a televisão”, explica o investigador.
Luís Figueiredo, de 42 anos, adianta que há mais aplicações em estudo, mas esclarece que este não é um bom negócio.
“Não produzimos para as massas, o nosso público-alvo é reduzido, pelo que nem vale a pena esperar ter lucros”, garante, revelando que uma grande instituição nacional - cujo nome ainda não que revelar - poderá contribuir para fazer baixar os custos. “O ideal era termos apoios públicos para oferecer gratuitamente as duas aplicações a quem precisa, até porque só o ‘Magic Eye’ custa 1750 euros, sobretudo por causa do hardware”, refere.
No entanto, ambas estão oficializadas como ajudas técnicas para pessoas deficientes, pelo que a sua aquisição pode ser comparticipada. Com Luís Figueiredo trabalham dois bolseiros e a sua esposa, professora do Ensino Especial. Os actuais financiadores do projecto são a Fundação Portugal Telecom, o IPG e, pontualmente, a Associação Distrital para a Sociedade da Informação.
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