'' 27 DE AGOSTO ''

Um mortal como muitos outros, com uma vida agitada,
circulava 24 horas sobre 24 horas
e seguia com um pé bem na frente,
forma de estar na vida,
forma de ser vivo e util para os outros.

Sai de casa, como muitas vezes o fazia,
os lugares habituais e sempre na correria da vida
para tentar ganhar a vida,
trabalho não lhe faltava, somente pessoal.

Naquele dia, dia de Verão de 2003,
só com dois colegas de profissão,
segue para o lugar de mais uma falência estudada
só dar de ganhar a um vigarista,
porque o mortal desse proveito não teve.

Coloca seus colegas de trabalho acima
de 20 metros de altura a fazer um trabalho,
e desce para fazer um mais arriscado.

Ao sair do cesto da grua,
e no único dia de Agosto de 2003
que chove uma chuva molha parvos,
escorrega numa telha de lusalite a qual parte,
sem madre para a segurar e cai estatelado
no chão à altura aproximada de 6 metros.

Consequência, o mortal fica vítima de paraplesia,
a mesma que hoje o atormenta e com todos os
problemas inerentes á condição de deficiente motor,
a passo com muitos outros mortais que estão a penar com as mesmas condições.

Passado sete anos, à data de 27 de Agosto de 2003,
o mortal luta pelos seus direitos em Tribunal
e sem resolução prevista a curto ou médio prazo,
é o estado em que os nossos serviços judiciais se encontram,
morre o mortal e depois é feita a justiça,
como muitos outros casos que lemos através da imprensa ou de conhecer ao nosso lado.

E assim fica o mortal, cada vez mais na miséria condição humana,
vítima de um vigarista que o despede,
sem recurso a outros proventos,
não lhe paga os seus direitos a quem que tanto lhe deu e
ajudou a colaborar em tantos trabalhos, onde só um encheu o bolso (0 VIGARISTA?

O mortal, hoje 27 DE AGOSTO DE 2010,
está simplesmente pesaroso e triste,
mais um ano a sofrer, até quando?



(mghorta)

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