'' DEFICIENTES TAMBÉM PRECISAM DE PRAIA ''
“Também tenho direito à praia”
Carlos Nora tem 39 anos e está paraplégico há cinco devido a um acidente de mota. Preso numa cadeira de rodas, conta pelos dedos das mãos as vezes que tem ido à praia, na Ilha de Tavira.
Nas Quatro Águas, nem o cais nem os barcos têm acessos adaptados a pessoas com mobilidade reduzida e são precisos pelo menos dois voluntários para, à força de braços, o transportarem até à embarcação.
"Dependo da boa vontade dos outros, ou trago amigos ou peço ajuda aos turistas que estejam no cais", conta Carlos.
Se o acesso já é difícil, a manobra torna-se ainda mais complicada quando a maré está baixa, sendo praticamente impossível devido à altura mais baixa em relação ao cais a que o barco fica à superfície da água.
"As pessoas só ajudam se quiserem, mas eu também tenho direito a ir à praia", desabafa Carlos.
Jacinto, proprietário da empresa que faz os transportes para a Ilha, confessa "que dá pena quando não leva deficientes no barco, mas não há condições e é muito perigoso."
O caso de Carlos parece não ser único: "Há uns dias apareceu um turista espanhol, que também se encontrava numa cadeira de rodas, e não o pudemos levar para o outro lado", acrescenta Jacinto.
Confrontado com a situação, Brandão Pires, director da Delegação Sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), admite ter conhecimento do problema e garante que está a ser resolvido. "Na próxima época balnear estará tudo tratado, vamos remodelar vários cais na região, colocando passadiços em madeira e rampas em vez de escadas", explica.
Nas Quatro Águas, nem o cais nem os barcos têm acessos adaptados a pessoas com mobilidade reduzida e são precisos pelo menos dois voluntários para, à força de braços, o transportarem até à embarcação.
"Dependo da boa vontade dos outros, ou trago amigos ou peço ajuda aos turistas que estejam no cais", conta Carlos.
Se o acesso já é difícil, a manobra torna-se ainda mais complicada quando a maré está baixa, sendo praticamente impossível devido à altura mais baixa em relação ao cais a que o barco fica à superfície da água.
"As pessoas só ajudam se quiserem, mas eu também tenho direito a ir à praia", desabafa Carlos.
Jacinto, proprietário da empresa que faz os transportes para a Ilha, confessa "que dá pena quando não leva deficientes no barco, mas não há condições e é muito perigoso."
O caso de Carlos parece não ser único: "Há uns dias apareceu um turista espanhol, que também se encontrava numa cadeira de rodas, e não o pudemos levar para o outro lado", acrescenta Jacinto.
Confrontado com a situação, Brandão Pires, director da Delegação Sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), admite ter conhecimento do problema e garante que está a ser resolvido. "Na próxima época balnear estará tudo tratado, vamos remodelar vários cais na região, colocando passadiços em madeira e rampas em vez de escadas", explica.
Fonte: Correio da Manhã
Bem que diz o Pedro Monteiro do d-eficiente.net, para não ficarem em casa e não desistirem.
ResponderEliminarJá vão ser tomadas medidas neste caso, coisa que não aconteceria se o Carlos ficasse a lamentar-se em casa por não poder ir para a praia.
Parabéns ao Carlos pela persistência e a todos os Carlos neste País.
Mas por vezes é só quando a poeira está no ar, porque depois de viramos as costas, volta tudo ao mesmo.
ResponderEliminarO Pedro fala bem, sair e fazer barulho, mas devemos ter em conta as nossas limitações, mas quanto mais barulho fizermos, mais depressa somos ouvidos.
Obrigado pelo comentário.
Bjs
gostei da matéria e do blog. trabalho com o IBDD. Parabéns
ResponderEliminarObrigado pela sua visita e seu comentário.
ResponderEliminarJá tinha passado pelo site IBDD, está bem estraturado e bem direcionado aos deficientes, sucesso para si e para os que trabalham no sentido de melhorar a condição dos deficientes.
Abraço