MARCHA PELA IGUALDADE

Um dos organizadores da marcha pelo cidadão deficiente, que se realiza este sábado em Lisboa, lamentou o facto de os poderes políticos darem pouca atenção aos direitos destes cidadãos.
À TSF, Eduardo Jorge sublinhou ainda a importância de o novo Governo, que vai entrar em funções, ouvir os problemas dos deficientes numa altura de «inércia total a nível de associativismo e de quem tem poder de nos continuar a ignorar e excluir».
«Embora com poucos recursos, gostaríamos de tentar mostrar à sociedade que existimos e continuamos a ter muitas necessidades não como esmola e subsídios, mas queremos ferramentas iguais para alcançar os nossos objectivos», explicou.
Eduardo Jorge deu o seu exemplo pessoal, ao dizer que pretende uma formação profissional, mas que não a consegue pois não dispõe de transporte adaptado na aldeia onde vive.
«Não queremos ser institucionalizados. Não tenho culpa de ter o corpo que tenho e depois institucionalizam-nos», frisou este organizador, que acusa as várias organizações de deficientes de não fazerem o trabalho que devem.
Por isso, Eduardo Jorge garantiu que os participantes nesta marcha «vão constituir juridicamente um grupo em que vamos fazer acontecer o que propomos junto da tutela e poder político».
«Mas, fazer realmente acontecer nem que o tenha de ficar com a minha cadeira durante horas e dias à frente dos organismos.É radicalizar, mas é isso que tem de acontecer. Boas vontades não chegam. Esperámos muito tempo e temos de ser ouvidos», concluiu.

Inércia é pouco, amigo!
ResponderEliminarAlheamento e desinteresse total, seja o mais correcto.
Aprendi muito com este evento. Verifiquei QUE MUITO HÁ A FAZER.
Fica bem